Medicina do sono

Medicina do Sono

O ronco, embora comum e, muitas vezes, até alvo de brincadeiras, é considerado um dos sintomas do distúrbio do sono. E se não for tratado corretamente, pode ocasionar problemas de saúde mais sérios. A condição está diretamente ligada ao relaxamento de uma musculatura da garganta e tudo que altera o funcionamento normal dela, pode ser considerado fator de risco.

O ronco é o som da vibração das vias aéreas (nariz e garganta) causado pela dificuldade de passagem do ar. Estima-se que, acima dos 40 anos, aproximadamente quatro em cada dez pessoas roncam. Depois dos 60 anos de idade, esse número cresce ainda mais: cerca de seis em cada dez indivíduos.

O que causa o ronco?

Listamos a seguir algumas possíveis causas para o ronco:

  • Envelhecimento.
  • Obesidade.
  • Consumo de bebidas alcoólicas (principalmente próximo ao horário de dormir).
  • Medicamentos com efeito relaxante muscular (podem relaxar a musculatura da garganta durante o uso).
  • Queixo retroposicionado (para trás).
  • Dormir de barriga para cima

Ronco: um sinal de alerta para a apneia do sono

Até o momento, trouxemos neste artigo fatores que muitas vezes podem ser solucionados com uma mudança de hábitos, mas o ronco pode indicar problemas de saúde muito mais graves como é o caso da AOS (Apneia Obstrutiva do Sono). Essa é uma condição que faz o paciente não respirar direito, fazendo com que o sono fique fragmentado, inclusive pode associar-se à queda de oxigênio durante a noite.

A apneia do sono consiste no fechamento total das vias aéreas durante o sono, fazendo com que a pessoa tenha pausas respiratórias enquanto dorme. Tem duração de pelo menos dez segundos, e pode causar problemas mais sérios como distúrbios no coração, no metabolismo, alterações de humor, memória e sonolência excessiva diurna, aumentando as chances de acidentes automobilísticos.

A falta de ar, característica da apneia do sono, impulsiona o organismo a lançar mais adrenalina no sangue, o que provoca um aumento da pressão arterial e resistência à insulina. Ou seja, pacientes com apneia do sono têm maior tendência a desenvolver hipertensão arterial e diabetes, condições que aumentam a incidência de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Fonte: Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial